Celulares proibidos nas escolas. Uma vitória da ignorância.
- Elber Magno
- 16 de jan.
- 2 min de leitura
Proibir, a solução mais presente nas políticas esquerdistas, exceto quando se trata de drogas e aborto.
É com muito pesar que tenho que defender o óbvio diante de uma classe que deveria ser exemplo e sinônimo de intelectualidade, mas que no Brasil, virou chacota e sinônimo de militância e repeteco.
Passei quatro anos como professor, nunca em nenhuma aula proibi aluno algum de usar celular, pelo contrário, usava junto com a turma incentivando aplicativos educativos, pesquisas no Google, YouTube e sites específicos. A experiência sempre era positiva.
No entanto, nunca esqueci do que uma aluna descontente com uma professora, me falou: “Ela disse que eu que tinha que estudar e ela não, porque já se formou e já fez a parte dela.” Eu me pergunto: quantos professores brasileiros pensam dessa forma? Estudam até ter o diploma e depois “que se dane, viverei parado no tempo para sempre”. Obviamente tive que desconstruir esse pensamento na adolescente de apenas 13 anos.
O analfabetismo funcional é tamanho que a maioria não consegue discernir a diferença entre uma regra institucional e uma lei de Estado. Qualquer instituição de ensino é livre para adotar as suas regras, o que inclui a proibição de celulares. No entanto, uma lei de Estado pune pessoas como criminosas. Logo, usar celular em sala de aula tornar-se-á um crime.
Escolas que já adotam práticas pedagógicas com celulares junto com seus alunos serão proibidas de utilizarem os dispositivos porque escolas atrasadas não são capazes de fazê-lo por um motivo ou por outro. O nivelamento por baixo já é regra na deseducação desse país. Não é preciso mencionar que os países com os maiores índices educacionais usam a tecnologia em favor da educação e os educadores não se livram da responsabilidade de aprender as novas tecnologias querendo proibi-las. Japão e Coreia do Sul, por exemplo. Mas no Brasil, a classe se divide entre esquerdistas que lutam pelo domínio absoluto do Estado sobre nossas vidas, e pseudo-direitistas dinossauros saudosistas do ensino de meio século atrás, tempo em que professores mandavam alunos se ajoelharem no milho.
Foi por esse motivo que desisti de uma profissão tão linda para ingressar em outra área. Melhoria só em milagre.








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